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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Aves são dinossauros e peixes não existem: desvendando os mistérios da classificação biológica

Você já se perguntou por que os cientistas afirmam que as aves são descendentes dos dinossauros? E a afirmação de que "peixes não existem" pode parecer absurda, mas esconde uma verdade fascinante sobre a classificação dos seres vivos. Neste post, vamos mergulhar no mundo da taxonomia e da filogenia para desvendar esses mistérios e entender por que essas afirmações, apesar de inusitadas, são fundamentadas em evidências científicas sólidas.



Aves: os dinossauros que aprenderam a voar

A ideia de que as aves são dinossauros pode parecer estranha à primeira vista, mas as evidências fósseis e genéticas são incontestáveis. As aves modernas compartilham diversas características com os dinossauros terópodes, um grupo que inclui o famoso Tyranossaurus rex. Algumas dessas características em comum incluem:

  • Estrutura óssea: A estrutura dos ossos das aves é muito semelhante à dos dinossauros terópodes, com ossos ocos e a presença de sacos aéreos.
  • Penas: Embora as penas sejam associadas exclusivamente às aves hoje em dia, fósseis de dinossauros terópodes mostram que muitas dessas criaturas já possuíam penas ou estruturas semelhantes.
  • Garras: As patas das aves possuem garras, uma característica herdada dos seus ancestrais dinossauros.
  • Análise genética: Estudos genéticos comparativos entre aves e dinossauros revelam uma relação evolutiva muito próxima.

Mas então, por que simplesmente não chamamos aves de dinossauros?

A resposta está na forma como os cientistas classificam os seres vivos. Atualmente, a classificação filogenética é a mais utilizada, e ela se baseia nas relações evolutivas entre os organismos. Nesse sistema, as aves são consideradas um grupo à parte, mas dentro do clado dos dinossauros.  Isso significa que as aves são um tipo especializado de dinossauro que através da evolução, foi adaptado ao voo e a outros nichos ecológicos.

Esquema representando a filogenia dos Amniota (repare que o grupo "dinosauria" foi ancestral comum do grupo atual "aves") Fonte: CEPA

Peixes: Uma Classificação em Constante Evolução

A ideia de que "peixes não existem" pode parecer estranha, mas reflete uma compreensão mais profunda da evolução e da classificação biológica.

Durante muito tempo, o termo "peixe" foi usado para englobar uma grande variedade de animais aquáticos com brânquias. No entanto, à medida que a ciência avançou e a árvore da vida foi sendo desvendada, ficou claro que essa classificação era simplificada demais.

O problema da parafiletia:

Para um grupo biológico poder ser considerado válido, ele deve incluir todos os descendentes de um ancestral comum. Aí que está o problema, pois não é o que ocorre no grupo que genericamente chamamos de 'peixes', pois ele não é um grupo monofilético. Se quiséssemos considerar todos os animais que chamamos de 'peixes' como um grupo verdadeiro a partir desse conceito, o ponto de origem mais antigo incluiria todos os animais de quatro patas (tetrápodes), incluindo nós, humanos. 

Em resumo, muitos tipos de peixes possuem diferentes ancestrais comuns, e se quiséssemos validar todos esses tipos de peixes como um grupo verdadeiro, os tetrápodes terrestres teriam que ser incluídos.


A nova classificação:

Para resolver esse problema, os biólogos optaram por uma classificação mais precisa, baseada nas relações evolutivas entre os organismos. Assim, o termo "peixe" passou a ser menos utilizado em um sentido taxonômico formal.

Em vez disso, os animais que antes eram considerados peixes são agora classificados em diferentes grupos, como:

  • Condrictes: Tubarões, raias e quimeras.
  • Osteíctes: Peixes ósseos.

Esses grupos são monofiléticos e refletem as relações evolutivas entre os organismos de forma mais precisa.




Por que essa mudança é importante?

Ao reconhecer as relações evolutivas entre os organismos, a nova classificação nos ajuda a entender melhor a história da vida na Terra. Além disso, ela permite que os cientistas façam previsões mais precisas sobre as características de organismos extintos e em desenvolvimento.

Conclusão

As afirmações de que "aves são dinossauros" e "peixes não existem" podem parecer contraintuitivas, mas elas refletem o avanço da ciência e a nossa compreensão cada vez mais profunda da história da vida na Terra. A classificação biológica é uma ferramenta fundamental para entender as relações evolutivas entre os organismos e para organizar a diversidade da vida em nosso planeta.

Por: Jonathan Pena Castro


Fontes: 123

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