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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

9 aracnídeos surpreendentes que você não conhecia

Ao ouvir a palavra 'aracnídeo', muitas pessoas logo pensam nas aranhas, que são os animais mais conhecidos deste grupo. Os aracnídeos são um grupo de animais com mais de 100 mil espécies conhecidas. 

Estes animais têm oito pernas, cefalotórax e abdômen. Os aracnídeos mais conhecidos são as aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros, mas o grupo não limita-se a apenas esses. 

Com certeza, você nunca ouviu falar de um solífugo ou de um amblipígio ou de um palpígrado. Estes e outros aracnídeos menos conhecidos - que iremos listar logo abaixo - com certeza o deixarão impressionado com suas características únicas e incríveis:

1 - Amblipígio 


Amblipígio 

Apesar da aparência, eles são inofensivos ao ser humano.
Os amblipígios, também conhecidos como whip spiders, aranha-caiandeua ou aranha-violão, são os representantes da ordem Amblypygi e, apesar de se parecerem com aranhas, possuem características bem peculiares. Começando por seu primeiro par de pernas, modificado e chamado de anteniformes, que tem função sensorial, pois nesses artrópodes os olhos são reduzidos ou ausentes. Além disso, eles se destacam por apresentar os pedipalpos raptoriais, sem glândula de veneno, e extremamente úteis para a captura de presas. Esses artrópodes são cosmopolitas e podem ser encontrados em diversos ambientes, como cavernas, troncos, serapilheira e locais antrópicos. Apesar de seu visual, que pode assustar, eles são inofensivos ao ser humano e tem ainda a vantagem de ajudar no controle de pragas urbanas. Com certeza, eles são a prova de que não se deve julgar um livro pela capa.

2 - Palpígrado

Palpígrado
Os palpígrados são um grupo de aracnídeos muito pequenos, com cerca de setenta espécies conhecidas. As espécies desta família possuem, em sua maioria, 1,5mm de comprimento, podendo atingir no máximo 3mm. Não possuem olhos, o que lhes impede de explorar o ambiente por meio da visão, e vivem muitas vezes em ambientes cavernícolas. Além destes hábitats, eles também são encontrados abaixo da superfície do solo em regiões tropicais e subtropicais. Estes animais são extremamente sensíveis a mudanças no meio ambiente, e dependem de condições ambientais mais específicas para sobreviverem.

3 - Solífugo


Eles são inofensivos aos seres humanos
As aranhas-camelo ou solífugos são grandes desconhecidos da classe Arachnida. Seu formato é muito estranho, caracterizado por longas patas, cefalotorax plano e grandes quelíceras. Elas formam um grupo relativamente pequeno, com cerca de 1.000 espécies, e vivem em áreas desérticas e regiões áridas, onde é pouco provável que as pessoas encontrem um espécime. Apesar de serem animais carnívoros, esses fascinantes invertebrados são inofensivos para os humanos, pois eles não possuem veneno. Seu movimento rápido e característico, quase como se estivessem "voando" sobre o solo, é vertiginoso.

4 - Esquizomídeos



Schizomida ou esquizomídeos são aracnídeos encontrados em hábitats variados, desde trópicos e subtropicais a ambientes frios e árticos. Estes animais possuem cor cinza ou castanho-esverdeado e tamanho médio de 5 mm, que raramente excede a 1 cm. Sendo predadores noturnos, e se destacam por possuírem a capacidade de andar tanto para frente como para trás. Além disso, eles podem ser facilmente confundidos com cupins operários devido à sua aparência similar.


5 - Escorpião vinagre




Apesar do nome, o escorpião-vinagre não tem nada a ver com um escorpião comum. Quando ameaçado, ele libera um composto químico com um cheiro semelhante ao vinagre. Estes animais são noturnos, então encontrá-los durante o dia pode ser difícil, pois eles se escondem em troncos podres, pedras e tocas cavadas por eles mesmos. Apesar de sua aparência assustadora, estes aracnídeos não são agressivos e não possuem veneno, portanto não são perigosos para o ser humano. Se o ácido do seu composto de defesa alcançar feridas, cortes ou mucosas da pele, pode ocasionar uma sensação de ardência. Contudo, não há nenhum outro risco para o ser humano.

6 - Ricinulei



Ricinulei é uma ordem de aracnídeos pouco conhecida pelo público em geral. Estes artrópodes são predadores e vivem em meio à matéria orgânica no chão da floresta, possuindo uma carapaça que protege o aparelho bucal e o segundo par de pernas adaptado para servir de antena. Apesar de já terem sido considerados alguns dos artrópodes terrestres mais raros conhecidos, esta informação é resultado da falta de conhecimento sobre os melhores métodos de coleta para o grupo. Nos últimos anos, muitos esforços têm sido feitos para melhorar a compreensão de onde e como eles vivem, permitindo que a comunidade científica aumente seu conhecimento sobre esta ordem de aracnídeos.


7 - Opiliões 



Com oito longas pernas, quelíceras e múltiplos olhos, os opiliões são frequentemente confundidos com uma aranha. Uma diferença significativa entre ambos é que os opiliões não tecem teia e não possuem veneno. Em vez disso, eles usam os pedipalpos e as quelíceras para caçar, alimentando-se de pequenos invertebrados, matéria em decomposição e até seiva de árvores. Como defesa, possuem uma glândula odorífera que secreta um intenso mau-cheiro, que pode até ser tóxico para alguns animais. Quando ameaçados, os opiliões podem se fingir de mortos e até mesmo perder uma perna, que segue se movimentando em espasmos randômicos.

8 - Pseudoescorpiões



Pode parecer assustador, mas o que você está vendo não é um escorpião sem cauda, mas sim um pseudoescorpião, um aracnídeo da ordem Pseudoescorpiones. Estes animais têm, à primeira vista, uma morfologia muito parecida com os escorpiões, mas não possuem a cauda com glândula de veneno que é típica destes últimos. São muito pequenos e são predadores se alimentam de colêmbolos, ácaros e larvas. Nos seus pedipalpos algumas espécies possuem glândulas de veneno, mas eles não representam perigo nenhum para os humanos.

9 - Límulo ou caranguejo - ferradura




Popularmente conhecido como caranguejo-ferradura, o límulo na verdade está mais ligado filogeneticamente às aranhas e aos escorpiões. Encontrado nas águas rasas do Atlântico Norte, pode chegar até meio metro de comprimento e possui um único olho central, o que fez com que Lineu o batizasse, em 1758, como ‘Monoculus polyphemus’. O gênero significa ‘um olho’ e o epíteto específico é uma referência a Polifemo, um dos ciclopes da mitologia grega. (Os ciclopes eram gigantes de um olho só.). Porém, em 1785, o zoólogo dinamarquês Otto Müller transferiu o límulo para um gênero próprio, o ‘Limulus’, que significa ‘pequeno oblíquo’, por causa do formato de sua carapaça. Além disso, o límulo possui um sistema circulatório diferente dos outros artrópodes e seu sangue, que não contem hemoglobina, mas sim hemocianina, é azul. Por não possuir um sistema imunológico capaz de desenvolver anticorpos, a indústria farmacêutica utiliza um extrato de seu sangue, o Lisado do Amebócito do Límulo (LAL), para testar medicamentos, vacinas e dispositivos médicos a fim de verificar se não estão contaminados. O que antigamente era um ser aterrorizante da mitologia grega, hoje contribui para a saúde de milhões de pessoas.


Fontes:
12, 3




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