Uma crendice popular muito comum é as pessoas dizerem que as cigarras explodem de tanto cantar, mas será que é isso mesmo?
Aquelas casquinhas abertas nas árvores é prova disso?
Vamos entender um pouco sobre a biologia desses seres antes.
As cigarras são insetos da ordem Hemiptera, superfamília Cicadoidea, família Cicadidae com diversas espécies. Em geral, as cigarras são vistas apenas uma época do ano e se destacam pelo barulho que produzem e pela aglomeração nas árvores. Essa aparição rápida e numerosa se deve ao ciclo de vida desses insetos:
A cigarra é um inseto de metamorfose incompleta. Isso significa que de um ovo eclode uma ninfa (um inseto na fase juvenil razoavelmente parecido com o adulto) se desenvolvendo até se tornar adulto.
Ninfa de cigarra |
O tempo de vida de uma cigarra adulta é bastante curto, em geral algumas semanas. As fêmeas põem seus ovos e morrem logo depois. O canto das cigarras é justamente para que ocorra a reprodução. Já as ninfas vivem na terra por 1 a 17 anos (depende da espécie) se alimentando da seiva de raízes. Depois desse período, elas cavam túneis, sobem nas árvores e sofrem uma muda, a ecdise, se tornando adultas e prontas para o acasalamento.
Cigarra em processo de muda, deixando sua forma juvenil para se tornar um adulto. |
Mas o que isso tem a ver com a ‘explosão’ das cigarras?
Essa casquinha que em geral, as pessoas acham que é o que restou da ‘explosão’ de uma cigarra nada mais é do que a sua muda. A muda ou ecdise é um processo de crescimento comum a vários insetos e artrópodes em geral.
No caso da cigarra ocorre de 3 a 4 vezes enquanto ela ainda é uma ninfa, e essa que aparece na foto acima é a que marca o inicio da fase adulta. Ou seja, a cigarra nem ‘cantou’ ainda. Muito menos explode. Assim, resumidamente e de maneira simplificada, o processo de muda funciona em termos analogamente como uma “troca de roupa”.
Por: Jonathan Pena Castro
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