Todos os meses de julho, os jovens andorinhões comuns deixam seus dormitórios europeus e migram para a África ocidental e central. Eles só voltarão em junho seguinte, e passarão os 10 meses intermediários quase continuamente no ar (os outros dois meses do ano são passados chocando e criando filhotes). Eles podem viajar para a África, mas seus pés nunca encontram o solo africano.
Quando os cientistas reencontraram 19 das aves monitoradas ao retornarem aos ninhos um ou dois anos depois, os registros mostraram que as aves quase nunca pararam para descansar durante suas viagens intercontinentais. Na verdade, três aves literalmente nunca pararam de voar durante todo o período de 10 meses.
As aves que pousaram fizeram apenas pequenos intervalos, que nunca chegaram a mais de 0,5% de seu tempo de viagem, de acordo com a pesquisa publicada na Current Biology. Isso significa que os andorinhões comuns passam mais de 99% do período migratório por via aérea.
Andorinhão preto (Apus apus) - Créditos da foto |
Suas asas longas e estreitas e sua forma corporal aerodinâmica geram o mínimo de resistência ao ar. Em outras palavras, eles têm constituição eficiente ao voo.
Os andorinhões se alimentam em voo, mordiscando borboletas, mosquitos ou outros insetos e aranhas varridas para o ar pelo vento. Eles também acasalam no ar, e coletam o material de ninho no ar. Por conta de suas pernas serem muito pequenas e suas asas muito longas, eles não podem pousar no chão.
Durante o dia, eles economizam energia deslizando sobre correntes ascendentes de ar quente. É possível que eles também durmam enquanto planam - embora seja necessária mais pesquisa para ver como eles conseguem dormir em voo.
Estas aves aves só pousam realmente para pôr e cuidar dos seus ovos. Os andorinhões fazem seus ninhos em buracos de árvores furados por pica-paus, cavidades de rocha ou no beiral de casas e edifícios.
Apesar de seu estilo de vida, alguns dos mais antigos andorinhões monitorados seguem vivos a 20 anos. Somado desde o início do monitoramento, a ave poderia ter voado a distância equivalente à lua e ter voltado sete vezes.
Por: Jonathan Pena Castro
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