Com mais de 32,7 milhões de mortes até o momento, o HIV continua a ser um grande problema de saúde pública. Em 2018, havia 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV no mundo, dentre essas 1 milhão de crianças (menos de 15 anos)
Uma resposta imune eficaz que poderia conter ou prevenir a infecção pelo HIV ainda continua indefinidos, nos últimos estudos a observação de que alguns indivíduos parecem possuir resistência à infecção pelo HIV ou às suas consequências, gerou uma série de investigações epidemiológicas para identificar as características biológicas ou comportamentais desses indivíduos.
O HIV-1 precisa de dois receptores para entrar nas células humanas: o receptor CD4 encontrado em algumas células do sistema imunológico e o co-receptor de ligação de quimiocinas. O co-receptor de quimiocinas usado pela maioria das cepas circulantes de HIV-1 é denominado CCR5.
Mutações genéticas foram encontradas em populações expostas não infectadas e em populações não progressivas de longo prazo, sugerindo uma teoria unificadora para ambas as condições, ou seja, que as características do hospedeiro que previnem ou dificultam a entrada do HIV-1 nas células reduzirão a probabilidade de infecção e, caso ocorra, retarda ou elimina totalmente o desenvolvimento de doença grave.
Algumas pessoas têm uma mutação genética que desativa sua cópia da proteína CCR5. Portanto, se uma pessoa não tem CCR5, o HIV não consegue entrar em suas células e é extremamente improvável que se infecte com a doença.
Oportunidades de Pesquisa
O campo da resistência natural à infecção e às doenças por HIV parece, portanto, oferecer inúmeras oportunidades. Isso seria uma noticia muito boa sendo que as pesquisas poderão focar na ação dessas proteínas e nas mutações, mas aparentemente, alguns tipos incomuns de HIV descobriram como usar outras proteínas além do CCR5 para invadir as células. É por esse tipo de desenvoltura que os vírus são tão assustadores.
Os vírus passam por evolução e seleção natural, tal como a vida baseada na célula, e a maioria deles evolui rapidamente. Se ocorrer de dois vírus infectarem ao mesmo tempo uma célula pode haver entre eles a troca material genético e formar novos vírus com propriedades únicas. Os vírus de RNA apresentam taxas altas de mutação que permitem uma evolução especialmente rápida. Como o caso do vírus do HIV, o que dificulta o tratamento.
O que os cientistas acreditam que pessoas com duas cópias do gene defeituoso são mais resistentes ao HIV. Atualmente, isso inclui apenas cerca de 1% dos caucasianos e é ainda mais raro em outras etnias.
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