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quarta-feira, 17 de março de 2021

Mosquitos: por que eles adoram nosso sangue?

 Ao fazer uma lista das criaturas mais perigosas do nosso planeta, o que você colocaria? Um tubarão ameaçador com 3.000 dentes? Uma anaconda esfomeada, de 7 metros de comprimento? Que tal um mosquito que chupa sangue? Eles podem não te maltratar como um tigre feroz, mas são capazes de transmitir doenças como malária, dengue, Zika, febre amarela e encefalite. Estima-se que as picadas de mosquitos são responsáveis pela morte de mais de 2 milhões de pessoas anualmente, causando 300 a 500 milhões de casos de malária a cada ano. Os mosquitos são os animais mais mortais do planeta, seguidos depois dos seres humanos e cobras.


Depois de sentir a coceira de uma picada de um pernilongo, você já se perguntou por que eles se banqueteiam de nós? Guaxinins, cobras, sapos e aves como corvos ou patos também são alvos desses insetos sedentos.  Para localizar sua próxima fonte de sangue, os mosquitos rastreiam o dióxido de carbono exalado, o movimento, o odor e a temperatura do corpo. Os mosquitos machos não possuem a anatomia necessária para sugar o sangue, portanto, as fêmeas quem são as culpadas. Enquanto os machos geralmente se alimentam de néctar das flores, as fêmeas precisam das proteínas que nosso sangue contém para produzir seus ovos.  A vida média dos mosquitos é de 2 semanas a 6 meses, e um único mosquito fêmea pode por milhares de ovos em um mês! Elas podem beber três vezes o seu peso em sangue!


As fêmeas têm um apêndice chamado probóscide, que é usada para perfurar a pele e acessar o sangue. A probóscide tem uma ponta afiada para cortar a pele, muito parecida com uma agulha de um médico, para levar sangue para sua boca. A coceira associada às picadas é causada pela saliva do mosquito, que ele injeta em suas presas quando pica. Ela contêm um anticoagulante, que inibe a coagulação do sangue, de modo que o mosquito pode obter o máximo de sangue por picada. Nossos corpos reconhecem a saliva do mosquito como um líquido estranho, e o inchaço é uma resposta do nosso sistema imunológico para expelir este produto químico. A coceira aumenta a inflamação desta reação do sistema imunológico.


A malária é causada por um parasita unicelular chamado Plasmodium sp, que entra na corrente sanguínea através da saliva do mosquito. Uma vez que este parasita está dentro da corrente sanguínea, ele chega ao nosso fígado, comprometendo as células hepáticas e se multiplicando rapidamente.

O primeiro caso de malária humana pode ser datado de 450 DC; há rumores de que a doença matou metade de todos os humanos que já viveram, tornando-a a doença mais mortal de todos os tempos. A malária também é mortal para 125 espécies de animais, incluindo mamíferos, aves e répteis. Antes da era da teoria dos germes, o termo 'malária' recebeu o nome da suposta causa, que significa "ar ruim". Os mosquitos depositam seus ovos diretamente sobre a água, tornando suas populações bastante numerosas em pântanos e mangues, ganhando o nome de "ar ruim" o ambiente carregado e úmido dessas áreas.

Acredita-se que Alexandre o Grande, Genghis Khan e Cristóvão Colombo foram todos vítimas da doença.

Hoje a malária é de pouca ameaça para a maioria dos países desenvolvidos, mas as pessoas em áreas subdesenvolvidas do mundo são altamente suscetíveis à doença. Atualmente não há vacinação contra a doença, e portanto, ela é combatida com medidas preventivas como inseticida e cobertura de camas com redes mosquiteiras.

Além de malária, outras arboviroses como a dengue, febre amarela, entre outras, também são um problema de saúde pública que são facilmente disseminadas por mosquitos, como o cosmopolita Aedes aegypti. Uma fêmea chega percorrer até 2,5 km por dia em busca de sangue!

Exemplar de Aedes aegypti

Embora os mosquitos sejam fáceis de odiar, desde as picadas comichosas e as doenças que propagam, os mosquitos têm sido de enorme benefício para a pesquisa científica. Sua probóscide, tem ajudado os cientistas a projetar agulhas melhores e menos dolorosas. A resiliência dos mosquitos é fascinante, e até eles conseguirem encontrar alimento, eles persistirão. 


Enquanto existem mais de 3.500 espécies de mosquitos, mas apenas 200 dessas possuem humanos como alvos. 

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Por: Jonathan Pena Castro


Fontes:

Sciencemadefun


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