Os fungos costumam ser fonte de mistério, deleite e também perigo para os aventureiros florestais e aficionados. Além de todo aspecto "mágico" os envolve, há a incrível e curiosa beleza dos cogumelos que brilham no escuro. Quanto mais aprendemos sobre eles, mais interessante se torna este fenômeno.
1. Existem mais de 80 espécies de cogumelos bioluminescentes encontradas na terra.
Armillaria mellea é o mais difundido dos fungos bioluminescentes porque povoam florestas em toda a América do Norte e em todo o continente asiático. Outro exemplo chamado Mycena luxaeterna (também conhecido como o "cogumelo luz eterna") é um fungo da floresta tropical e só pode ser encontrado no Brasil.
Mycena luxaeterna |
2. A oxiluciferina é o composto químico encontrado nos cogumelos bioluminescentes e dá a eles seu brilho.
Os cogumelos utilizam uma classe de moléculas chamadas luciferinas, que pareadas com uma enzima e oxigênio, liberam luz. Panellus stipticus (também conhecido como a ostra amarga) é um dos exemplos mais brilhantes de fungos bioluminescentes. É encontrado em toda a Ásia, Austrália, Europa e América do Norte. Estes cogumelos planos crescem em galhos de árvores criando um efeito hipnotizante assim que o sol se põe.
Panellus stipticus |
3. As luciferinas encontradas nos cogumelos bioluminescentes são o mesmo composto encontrado em pirilampos e criaturas subaquáticas.
4. Há mais de 100 anos, o naturalista George Gardner viu crianças brincando na rua no Brasil o que ele pensava serem pirilampos gigantescos. Mas não eram insetos.
As crianças estavam brincando com fungos grandes e brilhantes. Hoje, esta espécie é conhecida como Neonothopanus gardneri. Este fungo cresce em todo o Brasil.
Neonothopanus gardneri |
5. A bioluminescência em variedades como N. gardneri segue o ciclo circadiano.
Isto é devido à luciferina, redutase e luciferase (que juntas criam luminescência). Todas as três com picos à noite devido a mudanças de temperatura.
6. Aristóteles registrou bioluminescência já em 382 a.C.
Ele se referiu aos fungos bioluminescentes como "Foxfire" (mais tarde chamado de fogo de fada ou fogo de chimpanzé) e registrou que, ao contrário do fogo, a luz do Foxfire era fria ao toque.
7. Você pode encontrar cogumelos bioluminescentes mais facilmente durante o dia.
Segundo Carol Probets, um guia de natureza das Blue Mountains da Austrália, "Se você aprender a reconhecê-lo durante o dia, é muito mais fácil encontrá-lo durante a noite do que vaguear no escuro".
8. Em um estudo de 2015, os cientistas descobriram o por quê da bioluminescência na maioria dos cogumelos bioluminescentes.
Ao plantar fungos falsos iluminados por luzes LED na floresta brasileira de coqueiros, eles viram como a bioluminescência atrai enxames de insetos (não muito diferente de uma mariposa atraída por uma lâmpada). Atrair os insetos é essencial para que os fungos espalhem seus esporos. Os cogumelos bioluminescentes então se reproduzem e colonizam novas áreas da floresta como fontes de alimento.
9. Outros estudos mostram que nem todos os cogumelos bioluminescentes atraem mais insetos.
Este é o caso do Fungos Fantasma da Austrália. Cientistas da Universidade de Adelaide descobriram que os insetos não eram atraídos pelas armadilhas dos cogumelos luminescentes, assim como não eram atraídos pelas armadilhas sem os cogumelos. É necessário mais estudo para descobrir as vantagens adaptativas dos fungos brilhantes.
10. Nossa compreensão dos detalhes da mecânica por trás dos cogumelos bioluminescentes continua a ser escassa.
Ainda há muito a ser pesquisado envolvente esses radiantes fungos da floresta. Mais tempo e estudo científico contínuo irão iluminar nossa compreensão desses seres belos e curiosos.
por: Jonathan Pena Castro
Fontes:
Baseado no post de Plantsnap
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