Identificar alimentos, fugir de predadores e acasalar já é um desafio para animais que podem enxergar, mas e aqueles animais que não possuem olhos, como eles fazem para ver e realizar suas atividades e sobreviverem em um mundo hostil?
Sabemos que mesmo animais com olhos - mesmo olhos bastante sofisticados - dependem de outras partes do corpo para "ver". Os animais sem olhos tiveram sua evolução com essa percepção de "enxergar" e perceber o mundo ao seu redor de outra perspectiva.
Nem sempre é necessário uma imagem para dizer que você poder ver. Assim, eles usam uma variedade de sentidos incríveis para caçar, reproduzir, viajar e sobreviver. Veja nossa lista abaixo:
TOUPEIRA-NARIZ-DE-ESTRELA
É encontrada principalmente no leste do Canadá e na
parte nordeste dos Estados Unidos. Esse rápido e enérgico escavador pode
detectar pequenas presas e engoli-las com uma velocidade muita rápida, exemplo,
um motorista leva cerca de 650 milissegundos para pisar no freio depois de ver
o semáforo à frente ficar vermelho. A toupeira de nariz estrelado, operando na
escuridão de sua toca, pode detectar a presença de um petisco saboroso, como
uma larva de inseto, determinar se é comestível e engoli-lo na metade
desse tempo.
Como ela faz isso, a toupeira-estrela ou
toupeira-nariz-de-estrela (Condylura cristata) vive no
subsolo ela possui 22 apêndices que se projetam ao redor de seu nariz, onde
dentro deles estão 25.000 minúsculos órgãos sensoriais chamados órgãos de
Eimer, e eles são tão sensíveis que podem detectar ondas de energia que se
movem através das camadas do nosso planeta, assim ela enxerga o mundo ao seu redor, mesmo da total escuridão.
OURIÇOS-DO-MAR
Até recentemente, os pesquisadores não tinham
certeza da visão do ouriço-do-mar, pois o animal também não possui olhos. Mas, eles
veem usando células marcadas com opsinas (proteínas) sensíveis à luz em seus
pés tubulares, que estão por todo o corpo. Permitindo-lhe ver tão bem quanto um
caranguejo-ferradura ou um náutilo, ambos com olhos genuínos, embora
primitivos.
HYDRAS
Assim com os
ouriços-do-mar as hidras têm opsinas em seus tentáculos, especificamente em
suas células urticantes, conhecidas como cnidócitos. As hidras picam com mais
força em luz fraca do que em luz forte, talvez porque tenham evoluído para
reconhecer sombras como sinais de presas ou predadores - quanto mais disparam
na presença de uma sombra, maior é a probabilidade de atingirem seus alvos.
O OLMO: Salamandra cega
O olmo já foi descrito
como um dragão bebê devido ao seu corpo pequeno e semelhante a uma cobra. É
totalmente aquático, nadando com uma contorção serpentina, enquanto busca
insetos, caracóis e caranguejos. É essencialmente cego, embora seus olhos
ocultos e até mesmo partes de sua pele ainda possam detectar a presença de luz.
Ele também tem uma variedade de supersensos, incluindo olfato e audição
intensificados e, possivelmente, até mesmo a capacidade de detectar campos
elétricos e magnéticos.
SERPENTE-DO-MAR
Ophiocoma wendtii possui
essa capacidade exótica graças às células sensíveis à luz, chamadas
fotorreceptores, que cobrem seu corpo e células pigmentares, chamadas
cromatóforos, que se movem durante o dia para facilitar a mudança dramática de
cor do animal de um profundo marrom avermelhado durante o dia para um bege
listrado em período noturno.
Seus fotorreceptores são circundados durante o dia
por cromatóforos que estreitam o campo de luz detectado, tornando cada
fotorreceptor como o pixel de uma imagem de computador que, quando combinada
com outros pixels, forma uma imagem inteira. O sistema visual não funciona à
noite, quando os cromatóforos se contraem.
Todos esses animais e centenas de outros evoluíram
para sobreviver sem precisar dos olhos, a natureza é realmente surpreendente, e
mais uma vez nos prova que sim é possível se adaptar em todas as situações.
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