O câncer se tornou um problema de saúde
pública e mundial, que tende a aumentar devido o crescimento e o envelhecimento
da população. Segundo dados do INCA a
estimativa para o Brasil, em cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão
625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele
não melanoma).
Mas, o que é câncer?
O câncer é um conjunto de doenças com
mais de 100 tipos subtipos distintos encontrados em órgãos e tecidos
específicos que se caracteriza, principalmente, pelo crescimento descontrolado
de células que sofreram danos em seu DNA, ou seja, o câncer é um doença de
origem genética, essas células são chamadas de células cancerosas.
Mas como uma célula cancerosa não morre, já que sofreu uma mutação em seu DNA?
Por que essas células não atendem aos
sinais normais que regulam o ciclo celular. No experimento in vitro mostrado
na figura abaixo mostra que as células cancerígenas não param de se dividir.
Quando porventura as células cancerígenas param de se dividir, o fazem em
pontos aleatórios do ciclo celular, em vez de nos pontos de controle normais.
Além disso, as células cancerígenas podem continuar se dividindo
indefinidamente in vitro se tiverem um suprimento contínuo de
nutrientes; em essência, elas são “imortais”. Um exemplo impressionante é uma
linhagem celular que tem sido reproduzida em cultura desde 1951. As células
dessa linha são chamadas de células HeLa porque sua fonte original foi um tumor
removido de uma mulher chamada Henrietta Lacks.
Resumidamente, as células cancerígenas escapam do controle
normal que ativam uma célula a sofrer apoptose (morte celular programada)
quando alguma coisa está errada, por exemplo, depois de sofre um erro
irreparável durante a replicação do DNA antes da mitose. O comportamento
anormal das células cancerígenas pode ser catastrófico quando ocorre no corpo.
Como surge o câncer?
Os problemas iniciam quando uma única
célula em um tecido é exposto a um agente carcinogênico, por exemplo,
agrotóxicos, poluição, fumo, vírus e uma lista quase infinita, a exposição a
esses agentes o leva a sofrer as primeiras alterações das várias etapas do
processo que converte uma célula normal em uma célula cancerígena. Essas
células inicialmente são detectadas e destruídas pelo nosso sistema imune pois
possuem proteínas alteradas na superfície celular. Entretanto, com o passar da
proliferação elas conseguem se esquivar da destruição, e formam um tumor. O
tumor é uma massa anormal de células dentro de outro tecido normal. As células
anormais podem permanecer no mesmo local se tiverem poucas alterações celulares
e genéticas que as impedem de sobreviver em outro local. Nesse caso, o tumor é
chamado de tumor benigno. Muitos tumores benignos não causam
problemas sérios e podem ser completamente removidos por cirurgias.
Em contrapartida, quando células cujas
alterações genéticas e celulares permitem sua migração para outros tecidos,
prejudica as funções de um ou mais órgãos. Diz-se que um indivíduo com o tumor
maligno, tem câncer.
Por que essas células são tão fortes?
As células de cancerígenas são anormais
e se tornam resistentes em muitas maneiras além da excessiva proliferação. Elas
podem ter um número incomum de cromossomos (se isso é causa ou efeito da
transformação continua em debate). O metabolismo celular pode ficar alterado,
parando de funcionar de maneira construtiva. Mudanças anormais na superfície da
célula induzem as células cancerígenas a perder sua ligação com as células
vizinhas e com a matriz extracelular, permitindo que elas se espalhem nos
tecidos próximos.
Além disso, também podem secretar
moléculas de sinalização que induzem o crescimento de vasos sanguíneos em
direção ao tumor processo chamado de angiogenese. Uma pequena parte
das células cancerígenas pode se separar do tumor original, entrar nos vasos
sanguíneos e vasos linfáticos e ir para outras partes do corpo. Lá, elas podem
proliferar e formar um novo tumor. Essa migração das células cancerígenas para
locais distantes da sua localização original é chamada de metástase.
Quais os tratamentos para o câncer?
Um tumor benigno pode ser retirado
completamente por cirurgia levando a cura do paciente. Um tumor que esteja
localizado pode ser tratado com radiação de alta energia, que danifica o DNA
nas células cancerígenas muito mais do que nas células normais, aparentemente
porque a maioria das células cancerígenas perdeu a habilidade de reparar esses
danos. Para tratar tumores metastáticos conhecidos ou suspeitos, usa-se
quimioterapia: fármacos tóxicos para as células em ativa divisão são
administrados no sistema circulatório. Como seria de se esperar, os fármacos quimioterápicos
interferem em etapas específicas no ciclo celular. Por exemplo, o fármaco Taxol
congela o fuso mitótico ao impedir a despolimerização do microtúbulo, impedindo
as células em divisão ativa de prosseguirem além da metáfase, levando a sua
destruição. Os efeitos colaterais da quimioterapia se devem aos efeitos dos
fármacos nas células normais que se dividem frequentemente devido à função
desse tipo celular no organismo.
Por exemplo, a náusea resulta dos
efeitos da quimioterapia nas células intestinais, a perda de cabelo dos efeitos
nas células do folículo capilar e a suscetibilidade a infecções decorrente dos
efeitos nas células do sistema imune. Essas células elas se multiplicam mais
rapidamente e por isso acabam se tornando algo também desses medicamentos.
Nas últimas décadas, os pesquisadores
obtiveram uma infinidade de informações valiosas a respeito das rotas de
sinalização celular e como seu mau funcionamento contribui para o
desenvolvimento do câncer devido aos seus efeitos no ciclo celular. Associado
com as novas técnicas moleculares, como a rapidez no sequenciamento do DNA, em
particular, das células tumorais, os tratamentos para o câncer estão se
tornando cada vez mais personalizados conforme o tumor de um determinado
paciente. Por exemplo, cerca de 20% dos tumores de câncer de mama apresentam
quantidades anormais de um receptor de superfície celular tirosina-cinase
denominado HER2 e muitas apresentam um aumento no número de moléculas de
receptores de estrogênio (RE), receptores intracelulares que podem ativar a
divisão celular. Conforme o diagnóstico laboratorial, o médico pode prescrever
quimioterapia com moléculas que bloqueiam a função de proteínas específicas (a
Herceptina para o HER2 e o Tamoxifeno para o ER. O tratamento usando esses agentes,
quando adequados, aumenta a sobrevida e diminuiu a recorrência de câncer.
A imunoterapia vem também apresentando
muito resultados positivos, sendo um tipo de tratamento biológico que tem como
objetivo de potencializar o sistema imunológico de maneira a que este possa
combater infecções e outras doenças como o câncer.
Como já falei em outros artigos o nosso
sistema imunológico ele é nossa prevenção como também a cura de muitas doenças,
ele garante a garante proteção do nosso corpo contra infecções, é sempre
importante deixar ele em dia.
- Leia também Sistema Imunológico Ajudando a Combater Doenças
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