Ouvir música é um fenômeno
complexo, envolvendo alterações psicológicas, emocionais, neurológicas e
cardiovasculares, com modificações comportamentais da respiração, chegando a
influenciar, inclusive, hábitos de consumo e a forma como percebemos o passar
do tempo
Estudos comprovam que a música
pode reduzir o estresse e melhorar o desempenho atlético, a função motora em
pacientes com deficiência neurológica provocadas por acidente vascular cerebral
(AVC) ou parkinsonismo, traz benefícios a pacientes na UTI e até produção de
leite em bovinos.
Em um estudo realizado com 24 voluntários,
onde 12 não tinham formação em música e os outro 12 eram músicos profissionais,
buscou mostrar o quanto a premissa de ouvir música faz bem, mas o silencio
também é necessário.
Os testes foram realizados em ambientes com temperatura, umidade e luz confortáveis, deitados e como os olhos fechados. Sendo iniciado 20 minutos de silencio, seguidos de um período 2 minutos de (1) clássico lento, (2) clássico rápido, (3) dodecafônico, (4) techno, (5) rap e (6) música raga e também inseridos aleatoriamente nas sequências musicais curtas ou longas, momentos de silencio.
O que eles observaram foi que mesmo
a curta exposição à música pode induzir efeitos cardiovasculares e
respiratórios mensuráveis e reproduzíveis, levando a uma condição de
excitação ou atenção que é proporcional à velocidade da música e que pode ser
induzida ou amplificada por arrastamento respiratório pelo ritmo e velocidade
da música.
Aí você pode se perguntar, mas
isso depende no estilo da música? Não, pelo menos não foi o que esse estudo
mostrou, o efeito está na velocidade em que a música é tocada.
Depois de um tempo de exposição uma
pausa na música induz uma condição de relaxamento muito maior do que aquele
momento inicial antes da exposição à música e leva à especulação de que a
música pode dar prazer (e talvez um benefício à saúde) como resultado dessa
alternância controlada entre excitação e relaxamento.
O uso da musicoterapia pode ser
visto como uma técnica alternativa de relaxamento ou meditação, sem envolver a
participação ativa do sujeito.
Aos voluntários que já eram músicos
tiveram uma capacidade aumentada na resposta ao ritmo da música, uma vez que os
músicos aprendem a sincronizar a respiração com a frase musical.
Esse estudo nos indica que a
seleção adequada da música, alternando ritmos rápidos e lentos e pausas, pode
ser usada para induzir relaxamento e reduzir a atividade simpática e, portanto,
ser potencialmente útil no tratamento de doenças cardiovasculares.
Outros estudos apoiam essas
descobertas e fornecem evidências de que pacientes de UTI em recuperação e pacientes
com infarto agudo do miocárdio podem se beneficiar quando a musicoterapia é
fornecida em um ambiente tranquilo, com baixo estímulo e repouso.
Só precisamos então ouvir mais musicas, e relaxar de vez em quando!!
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