Na ausência de medidas de prevenção eficazes, a OMS para controlar a
epidemia decidiu pela a aplicação de quarentena, isolamento e distanciamento
físico. Vacinas eficazes contra COVID-19 são urgentemente necessárias para
reduzir a enorme carga de mortalidade e morbidade associada à infecção por
SARS-CoV-2.
Atualmente, existem mais de 100 vacinas candidatas em desenvolvimento em todo o mundo, entre eles, pelo menos oito já iniciaram ou iniciarão em breve os ensaios clínicos [1]. Uma dessas eu falei anteriormente que é a vacina de Oxford que também está em testes no Brasil. Outra é a Vacina chinesa da empresa Sinovac que está sendo chamada Coronavac, está sendo coordenada aqui no Brasil pelo Instituto Butantan, que está realizando a fase três dos testes para a aprovação da vacina aqui no país.
Resultados preliminares da fase 2 constaram que a vacina foi considerada
segura e produziu resposta imunológica nos voluntários [2].
A fase 3 de testes que está ocorrendo no Brasil, envolve a participação de nove mil voluntários, de 6 estados brasileiros, onde metade dos voluntários recebem a imunização contra a covid-19 e a outra um placebo, sem efeito. São duas doses num intervalo de 14 dias os estudos devem ser concluídos entre o final de outubro e o início de novembro.
Para o estudo foram selecionados então, 12 centros de pesquisa no Brasil, incluindo o Hospital das clinicas da UFPR que estão investigando, a eficácia, a quantidade de doses adequadas e a segurança do medicamento para a proteção contra a COVID-19.
A Coronavac usa uma tecnologia mais tradicional a mesma usada em outras
vacinas bem-sucedidas, como as do sarampo e poliomielite. Ou seja, é uma vacina
criada com base no próprio vírus. É diferente da adotada pelos pesquisadores da
Universidade de Oxford, que usam uma versão enfraquecida do vírus que causa o
resfriado comum (adenovírus), contendo o material genético da proteína spike do
SARS-CoV-2.
Os pesquisadores criam uma cultura do vírus em laboratório, o deixam inativo e aplicam em pacientes. Esse vírus agora não é capaz de infectar as suas células, mas ele provoca uma resposta imune. como a produção de anticorpos, o que pode prevenir os sintomas graves da covid-19. O que é comum em vacinas com essa tecnologia é que tenham mais de uma dose, a própria coronavac já está sendo testada com 2 doses.
Se o estudo for concluído até o final do ano segundo o governo de São Paulo podemos ter essa vacina disponível para a população brasileira no início do próximo ano [3].
Leia também: Vacina de Oxford: produz resposta imunitária
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