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RAPIDINHAS

segunda-feira, 2 de março de 2020

Tatuagem pode fazer mal à saúde?

Quem não tem algum conhecido que possua alguma tatuagem? Ou até mesmo tenha uma? Provavelmente você esteja pensando naquelas tatuagens grandes e coloridas, ou aquelas pequenas monocromáticas lineares, mas todas têm o mesmo princípio: Devem permanecer o maior tempo possível no corpo sem perder a cor, formato ou definição. Como isso é possível, visto que as células do corpo estão em constante renovação?

Algumas tatoos não dão muito certo e são hilárias

De acordo estudos liderados por Wolfang Bäumler, professor do Departamento de Dermatologia da Universidade de Regensburg, as tintas usadas para tatuagem precisam ser altamente insolúveis em água, para dificultar a eliminação delas pelo corpo. Acontece que apenas dois terços dos componentes utilizados nas tintas permanecem sob a pele, o restante se espalha pelo corpo, indo para o sangue, nódulos linfáticos e órgãos. Ainda segundo o estudo, as tatuagens contrastantes e de longa duração não foram desenvolvidas para estar sob a pele, e sim, para cartuchos de impressora e tintas de automóveis. O que acontece é que as grandes empresas químicas desenvolvem os pigmentos químicos para fins industriais e pequenas empresas os compram e transformam em produtos de tatuagem.

Outros estudos mostram que a longo prazo a tinta da tatuagem pode ser interpretada pelo organismo como algo patológico e dar complicações de saúde impossíveis de prever.


Mas, quais são as substâncias que compõem as tintas usadas nas tatuagens?

Os produtos químicos para as cores vermelho, laranja e amarelos são compostos azólicos – substâncias orgânicas com uma má reputação, que costumam desencadear alergias. Algumas delas, como o Pigment Red 22, podem se decompor, se a tatuagem for exposta a luz solar. Os compostos resultantes são tóxicos e cancerígenos. Compostos chamados ftalocianinas, que resultam em azul e verde brilhante, geralmente contêm cobre e níquel. Também nos pigmentos marrons com óxidos de ferro, muitas vezes há presença de níquel. O metal provoca alergias de contato em muitas pessoas e é proibido em cosméticos. Nos produtos para tatuagens, contudo, ele continua sendo frequente. Tatuagens pretas, por sua vez, são feitas com derivados de um material chamado Carbon Black. Ele nada mais é do que fuligem industrial, produzida quando a indústria química queima petróleo, alcatrão ou borracha.


Fonte: Dw

Entretanto, não é só pigmentos que compõem as tintas usadas nas tatoos; estas contém também solventes, espessantes e conservantes que podem ser tóxicos, entre eles, cancerígenos.

Além dos problemas de longo prazo, também há o risco de infecções. As mais comuns associadas a tatuagens envolvem as bactérias Staphylococcus aureus e as do gênero Pseudomonas, devida a má preparação da pela ou da esterilização do equipamento utilizado. As infecções por Staphilocuccus podem se tornar sérias e até com risco de morte, com cepas resistentes a antibióticos entre os casos mais comuns.

Arrependimentos...

Ao mesmo tempo que o número de pessoas tatuadas aumenta, o mercado de remoção também cresce. Os servições de remoção com laser tiveram um boom exponencial maior até que o mercado das tatoos em todos os países, e se tornaram uma indústria multimilionária, com potencial de crescer ainda mais enquanto as gerações mais tatuadas envelhecem. 

Nem todas as tatuagens podem ser removidas. Os lasers disponíveis atualmente têm limitações nas cores que podem apagar, sendo as mais brilhantes as de remoção mais difícil. Como o laser quebra as partículas de pigmento sob a pele para que o corpo remova do sistema, questões de infecção, cicatrizes e espalhamento de tinta podem ocorrer. Tatuagens cobrindo grandes áreas do corpo simplesmente são grandes demais para apagar em uma sessão, e podem levar anos para serem removidas. Complicações com laser incluem dor, bolhas, cicatrizes e, em alguns casos, um escurecimento da tinta da tatuagem.


Qual é o veredito para a saúde, afinal?

Apesar de todos os estudos de caso já realizados e relações entre problemas de saúde associados às tatuagens, o fato é que as substâncias utilizadas para as tatuagens ainda não são testadas quanto a seus riscos. Faltam estudos em seres humanos, de curto quanto de longo prazo. Há quem argumenta que se as tintas realmente causassem problemas, haveria mais reclamações das pessoas e mais matérias em jornais e revistas, enquanto que alguns especialistas lembram que o câncer muitas vezes precisa de décadas para se desenvolver e a conexão depois não é tão fácil de relacionar.

Fazendo mal à saúde ou não, o fato é que cada um deve decidir por si se que quer fazer uma tatuagem ou não. Entretanto, se manter informado quanto aos riscos é necessário. Com tanta gente considerando fazer uma tatuagem desde cedo, cabe informar e educar aos jovens dos possíveis riscos de saúde  para evitar depois algum arrependimento.





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Avaliado item: Tatuagem pode fazer mal à saúde? Descrição: Classificação: 5 Revisado por: Adriana Cordeiro