A
grande maioria dos animais consegue produzir apenas os sons característicos de
sua espécie como o cachorro “au-au”, a vaca “Muu” entre outros tantos exemplos.
Mas alguns animais são aprendizes vocais, e dentre eles, temos nós seres
humanos, podemos aprender e produzir diversos tipos de sons. Temos também
baleias e golfinhos, eles conseguem aprender naturalmente centenas de novas vocalizações
ao longo da sua vida, ainda na lista dos mamíferos contamos com morcegos,
elefantes e focas. Há também três aves que podem aprender a vocalizar, papagaios,
pássaros canoros e beija-flores. Um
destaque especial aos papagaios, eles são bons aprendizes, às vezes até pegando
sons de outras espécies e objetos ao redor deles. A aprendizagem vocal, como se
constata, é um truque genético-neural interessante que requer algumas mudanças simples
na regulação gênica.
Ao
examinar os cérebros dessas aves, os pesquisadores notaram que seus cérebros
contêm grupos de neurônios envoltos por uma proteção, que eles apelidaram de “núcleos
musicais” ou “conchas”. Como as outras aves não possuem núcleos musicais, pesquisadores
acreditam que essas estruturas provavelmente desempenham um papel fundamental
na aprendizagem vocal.
Em
espécies de papagaios que são bem conhecidos por sua capacidade de imitar a
fala humana possuem uma variação desses neurônios e da camada de “núcleos musicas”
ou “concha” sendo esses relativamente maiores quando comparada a outras espécies. Além disso, em volta das conchas existe uma
terceira região que dá apoio ao movimento, que explica também porque eles podem
ser bons dançarinos.
O
fato de humanos, papagaios e alguns pássaros poderem imitar o som de outras
espécies é um exemplo de evolução de convergência, na qual duas espécies,
independentemente, evoluem estruturas relacionadas a comportamentos parecidos.
Podemos
concluir que, as principais diferenças estruturais nos cérebros dos papagaios
explicam a capacidade dessas aves imitarem sons e fala humana. [BBC.
Mental Floss. Revista Galileu]
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Por: Adriana R. Cordeiro
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