Somos formados por meio
do desenvolvimento de uma única célula chamada de zigoto diploide (2n), essa
única célula surgiu da união de um óvulo e um espermatozoide ambos haploides (n).
Ou seja, recebemos metade de nosso DNA da nossa mãe e a outra metade do nosso
pai (isso nos torna únicos - a menos que você tenha um irmão gêmeo idêntico).
Esta primeira célula
vai se dividir fazendo cópias de si mesma (ou seja, copiando o mesmo DNA) até a
formação completa de um embrião e continuar se multiplicando sempre que necessário
até o final das nossas vidas, formando as mais de 37 trilhões de células do nosso
corpo. Então, com algumas exceções, a
maioria das células do nosso corpo têm o mesmo DNA e os mesmos genes. Mas como
elas são tão diferentes?
À medida que as células
se dividem, elas expressam genes diferentes. Expressão significa que a mensagem
do DNA está sendo transcrita (copiada) e traduzida (codificada e transformada)
em proteína. Células diferentes têm tarefas diferentes para fazer, sendo assim
as células do pâncreas, por exemplo, irão produzir proteínas diferentes das
células da pele, embora seu DNA seja o mesmo.
Mas, e as exceções:
- Glóbulos vermelhos
maduros que não contêm DNA.
- O espermatozoide e o óvulo que são
haploides, ou seja, contêm metade do total de DNA de uma célula somática.
- Células B nas quais partes
do DNA foram rearranjadas para produzir anticorpos.
Para deixar o nosso
estudo ainda mais curioso, quando o zigoto é formado e começa a se dividir,
muitas de suas primeiras células descendentes acabam tendo o número errado de
cromossomos. Alguns são duplicados acidentalmente e outros perdidos. Trechos de
DNA podem ser copiados ou excluídos. Isso pode gerar o que chamamos de mosaicismo,
células com diferentes DNAs. Estudos sugerem que o mosaicismo está
por trás de algumas doenças.
Agora temos outro caso
em que isso pode acontecer, no quimerismo, onde células de indivíduos diferentes
coexistem em um mesmo corpo. Nesse caso o que ocorre é que existem dois zigotos
fecundados, o que daria origem a gêmeos, mas esses zigotos de fundem dando
origem a apenas um embrião, formando uma quimera, um feto com duas linhagens de
células geneticamente distintas.
Fonte: The New York Times. Fact myth. Biologia Total.
Por: Adriana R. Cordeiro
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